Recebi a seguinte pergunta:
“Patrícia, por favor, qual é correto: ‘Pai, perdoai-o.’ ou ‘Pai, perdoai-lhe.’?
Vamos por partes:
O primeiro passo é conhecer a regência do verbo PERDOAR. Esse verbo, assim como o verbo PAGAR, é transitivo direto para complementos que denotem o que é pago ou perdoado, ou seja, a “coisa” que se paga ou que se perdoa. Então, se pago um vestido, o “vestido” (coisa pela qual eu paguei), é objeto direto; por outro lado, quando me refiro à pessoa a quem fiz o pagamento, por exemplo “Paguei ao alfaiate”, o verbo é transitivo indireto e pede essa preposição destacada aí antes o objeto indireto.
O mesmo se aplica ao verbo PERDOAR!!! Então…
a – se tem por complemento palavra que denote “coisa”: não exige preposição. Ex.: Deus perdoa os nossos pecados. (perdoa = VTD / os nossos pecados = OD)
b – se tem por complemento palavra que denote “pessoa”: exige a preposição a. Ex.: Ele perdoou ao pai. (perdoou = VTI / ao pai = OI).
Agora que já sabemos a regência do verbo em questão, vamos ao uso dos pronomes oblíquos:
Usamos O, A, OS, AS para objetos diretos.
Usamos LHE, LHES para objetos indiretos.
Veja aqui o nosso artigo explicando tuuuuudo sobre os pronomes pessoais.
Assim, minha resposta à pergunta do caro internauta que me enviou sua dúvida é:
Se o objeto do perdão é alguém, o correto é “Pai, perdoai-lhe!”; se o objeto do perdão é algo, o correto é “Pai, perdoai-o!”.
Por hoje é só!
Um abraço,
Prof.ª Dr.ª Patrícia Corado
Jorge Ortiz
Postado 09:57h, 01 agostoOlá Professora, sigo teus posts no Facebook e YouTube, são esclarecedores para mim.
Nesse exemplo acima pelo que entendi, se não tiver nenhum complemento indicando OD ou OI, as duas são corretas, é isso?
Grande abraço e Obrigado por nos ajudar!
Patrícia Corado
Postado 11:02h, 07 agostoOi, Jorge! É isso sim. Importante é que se observe contextualmente qual é a referência ao objeto do verbo (OD ou OI), para que se cumpra a regência corretamente.
Um abraço!!!!
Patrícia
Ricardo Seixas
Postado 09:11h, 25 julhoMas o que determina a regência de um verbo?
Ou simplesmente é por ser. Porque alguém muito persuasivo e poderoso determinou que assim fosse e todos aceitaram em absoluto.
Eu perdoou algo de alguém mas nunca alguém de algo.
Língua Minha
Postado 08:26h, 10 agostoRicardo, o uso de preposições é meio arbitrário sim. E isso não ocorre apenas na Língua Portuguesa. Todos nós sabemos, por exemplo, o quanto é difícil aprender a usar in, on e at no inglês, não é mesmo? rsrs Então, por que falamos “Eu gosto de você” e não “Eu gosto a você’?… A norma culta prescreve um uso linguístico compatível com o que é feito por aqueles que são reconhecidos como “cultos” (literatos, por exemplo). Assim, o que fazemos aqui é tão somente apresentar essa recomendação áqueles que, por algum motivo e de algum modo, têm interesse por ela.
Um abraço e obrigada pela sua visita!
Patrícia
bianca
Postado 20:04h, 20 novembromuito bom!!! obrigada❤️❤️
Língua Minha
Postado 09:56h, 07 dezembroObrigada, Bianca!!!!
João Bernardo
Postado 08:41h, 28 novembroOlá ! Isso é meio off-topic, mas preciso de alguns conselhos
de um blog estabelecido. É muito difícil para definir o seu próprio blog?
Eu não sou muito técnico, mas pode resolver as coisas muito rápida.
Estou pensando em criação meu próprio, mas eu não
sei onde começar. Tem algum pontos ou sugestões?
Obrigado
Língua Minha
Postado 09:57h, 07 dezembroJoão, não é difícil; mas recomendo que busque a ajuda de um profissional da área de tecnologia.
Um abraço,
Patrícia
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Postado 15:42h, 30 novembroI believe еverything published mɑde a lot of sense.
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Foster
Postado 12:50h, 20 dezembroBoa tarde Professora Patrícia,
Adorei a sua explicação, ficou muito bom.
Usando separadamente cada objeto, ficaria assim:
Eu perdoei o delito. –> coisa – OD
Eu perdoei ao infrator. –> pessoa – OI
Agora se quisesse usar ambos os objetos na mesma frase:
Eu perdoei-lhe o delito.
Eu perdoei o delito ao infrator.
Está correto? Pois nesse último caso, dá uma vontade de usar a preposição ‘de’, assim:
Eu perdoei o delito do infrator.
Obrigado!
Foster
Postado 13:05h, 20 dezembroficou muito boa*
🙂
Língua Minha
Postado 20:25h, 30 dezembroOi, Foster! Ambas as construções são corretas, mas têm sintaxes e sentidos diferentes, Em “Eu perdoei o delito ao infrator”, “ao infrator” é OBJETO INDIRETO, ele é objeto do processo verbal de perdoar; Em “Eu perdoei o delito do infrator”, “do infrator” é ADJUNTO ADNOMINAL e não se relaciona com o verbo, mas com o substantivo (delito).
Um abraço,
Patrícia
Foster
Postado 13:17h, 11 janeiroQue explicação maravilhosa! Quanto mais estudamos, mais apaixonados ficamos com o idioma. Estou estudando para concursos e acabei ficando com essa dúvida ao estudar a regência verbal do verbo ‘perdoar’ (e do ‘pagar’).
No caso, corrija-me se estiver errado, a mudança de sintaxe acarreta na mudança de sentido em ambas as orações, e como ‘delito’ é um substantivo concreto (não representa sentimento, sensação, estado ou substantivo derivado de verbo), a locução ‘do infrator’ classifica-se como Adjunto Adnominal.
Língua Minha
Postado 21:37h, 15 fevereiroIsso mesmo!
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Postado 22:20h, 13 janeiroOlá! Que pergunta rápida do completamente οff-topic.
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Apreciá-lo !
Orlando Furtado
Postado 23:43h, 26 junhoCheguei aqui por acaso, contudo aprendi de forma simples como se deve usar os verbos citados. Sou amante incondicional da nossa língua, não importa suas dificuldades, isso, na minha modesta opinião, é o que a faz atraente, pelo menos para mim. Digo: estudar português é um saudável e poderoso exercício para o cérebro.
Meu muito obrigado…
Língua Minha
Postado 20:55h, 18 outubroOrlando, obrigada pelo seu comentário. Fique sempre conosco!
Um abraço,
Patrícia
Lara Braga Nogueira Adriano
Postado 15:56h, 07 novembroBoa tarde, professora! A minha dúvida é : Se eu fosse usar o obj. direto e o indireto no caso do verbo “perdoar”, ficaria “Deus perdoou o pecado ao pecador” ou “Deus perdoou o pecado do pecador”?
Lara
Postado 16:00h, 07 novembroDesculpa! Acabei de ver que teve uma pergunta similar em cima. Já entendi. Obrigada mesmo assim!
Língua Minha
Postado 15:12h, 14 novembroObrigada pelo sua visita, Lara! Fique sempre com a gente!
Um abraço!
Anthony
Postado 17:14h, 12 agostoMuito bom o artigo. Sou estudante de Letras e acredito que seu blog será muito bom para mim.
Língua Minha
Postado 11:21h, 21 agostoOi, Anthony! Fico muito feliz!!!! Um abraço para você!
Dalila Mornew
Postado 20:28h, 15 agostoSou estudande de direito na Universidade da França , isso vai ser muito útil á mim.
Língua Minha
Postado 11:22h, 21 agostoOi, Dalila! Merci!
Kátia Costa
Postado 10:00h, 09 julhoEu me perdoo ou eu me perdoou? Considerando que perdoo é usado para terceira pessoa. Como ficaria nessa expressão?
Língua Minha
Postado 13:20h, 14 julhoPerdoo é 1ª pessoa (presente) / perdoou é 3ª pessoa (pretérito perfeito)
Eu me perdoo (presente) / Ele me perdoou (pretérito perfeito)
paula
Postado 15:14h, 04 março. Mas eu, eu não me perdoo . Boa tarde! Nessa frase perdoo é verbo intransitivo?
Língua Minha
Postado 10:04h, 24 marçoOi, Paula! Não. É VTI e “me” é o objeto indireto.